Referência Bibliográfica:
Costa, Débora Amorim Gomes da. Fala e escrita: propostas didáticas para os anos iniciais do ensino fundamental. 31ª. Reunião Anual da Anped, Caxambu-MG, 2008.
Uma das
grandes dificuldades encontradas no ensino da Língua Materna são as
mudanças que a língua oral e escrita oferece. É importante deixar claro
ao educando no início do processo de alfabetização, que língua falada e
escrita, ao mesmo tempo em que se relacionam, tem algumas modificações . Como Débora Amorim G. Costa cita no texto
"a compreensão equivocada de que a língua escrita é uma réplica exata da
língua oral não se sustenta, pois "a escrita, vista como sistema de
notação da língua oral, adquire um caráter incompleto e inexato."
O primeiro conflito que muitos professores e escolas enfrentam nas
classes de alfabetização é a escolha do livro didático e até mesmo dos
paradidáticos. Costa, apresenta duas proposta de livro didáticos, para propor ao professor a reflexão sobre a escolha do mesmo. Um segundo desafio é como usar o livro. Como adapta-lo a
realidade do aluno, de maneira que facilite não só o aprender a ler e escrever,
mas manusear o livro e a interpretar os textos de forma crítica e coerente, tanto na língua falada, quanto na escrita.
No texto
de Costa foi abordado de forma simples, três concepções de linguagem:
estruturalista, transformacionalista e enunciativa. Cada concepção representa
mudanças teóricas no processo de desenvolvimento da Língua. É importante
entende-las para que se possa perceber essa mudança de conceito ao longo da
propagação da linguagem. É interessante analisar como a autora cita exemplo do
cotidiano para apresentar as dicotomias da língua falada e escrita. Tais
exemplos podem ser utilizados pelos professores de serieis iniciais do Ensino
Fundamental. Para que os mesmos não se limitem somente aos exercícios do livro
didático que é uma das críticas apresentada pelo autor.
É preciso ir além do livro didático.
Uma sugestão é buscar novos recursos que despertem o interesse do aluno. Quando
lê a palavra recurso, não se deve restringir, por exemplo, a multimídia, mas expandir
a recursos simples também. Como a elaboração do material que irá usar. Como
ensinar os alunos a criarem um portfólio no final do ano com palavras e frases que aprenderam
ao longo do ano. Os exemplos acima citados são meras ilustrações para afirmar
que há muitas possibilidades de ensinar-aprender tanto a língua falada como a
escrita. É preciso que o professor use sua criatividade.
Autora cita exemplos de comparações feitas por ela entre o livro "Português uma Proposta para o Letramento (C1) e Vitóra Regia-Língua Portuguesa (C2). Ao analisar a comparação da autora, conclui que o Livro C1 é mais abrangente no sentido de poder adaptar a realidade do aluno de forma variada e apresentar-lhes várias gêneros textuais, já o texto C2 é um livro mais limitado e artificial em relação a língua falada e escrita, não dando para fazer uma articulação em ambas as línguas.
B)
O link abaixo é da página de facebook do CAC - Centro de Atividade Comunitária - localizado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O CAC tem vários projetos voltados a leitura. Está diretamente ligado ao PINBA/FEBF - Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica da Baixada Fluminense.
http://www.facebook.com/pages/CAC-Centro-de-Atividades-Comunit%C3%A1rias-de-S%C3%A3o-Jo%C3%A3o-de-Meriti/102109746529069
Esse projeto foca leitura e escrita. É um projeto de incentivo a leitura, como também um complemento a educação escolar regular. Segundo o texto o uso de várias metodologias é fundamental para aprendizagem da criança, os diversos usos da tipologia e de gênero textuais influenciam no processo ensino-aprendizagem. Logo, esse projeto é um diferencial no município de São João de Meriti, pois está focado na leitura e escrita da Língua Portuguesa.
O próximo link corresponde ao projeto " Formação de Mediadores de Leitura" da ONG CARE Brasil. "Os “mediadores de leitura” são alunos que, depois de passarem por uma capacitação, lideram rodas de leitura e ajudam os demais estudantes de suas escolas a tomarem gosto pelo hábito de ler, contando histórias para alunos mais novos, levando os colegas para a biblioteca, sugerindo títulos, apresentando autores, realizando atividades lúdicas e valorizando a literatura como um todo."
Essa formação aconteceu, em Duque de Caxias, com alunos e professores de 32 escolas da rede pública.
http://www.care.org.br/noticias/formacao-mediadores-leitura-maio/
A importância do curso de capacitação para professores se dá, a partir, da necessidade de ensinar com exito a língua escrita e falada para os educandos. No texto Costa analisa propostas de dois livros didáticos. No projeto "Mediadores da Leitura" é usado vários propostas didáticas para o incentivo a leitura.